Os Cavalo temem poucas coisas reais e menos as imaginßrias: as suas vidas sπo uma sucessπo de rupturas com o costume, de confrontos com o que se considera norma por ser comum. Esta posiτπo nπo Θ fßcil nem simples e o seu custo Θ grande, muito grande. Quando se tem a sorte de ir eludindo, saindo dos sucessivos encontros com a dura realidade ileso e com vontade de continuar lutando, a coisa estß bem. Muito bem. Quando se vai partindo a personalidade e ficam o corpo e o espφrito estragados, entπo o quadro Θ bem diferente.
Virgφnia Wolf serß recordada como uma etapa nova e poderosa na literatura, como a criadora de uma nova escola de escritura autΩntica, de sensaτ⌡es e sentimentos transplantados para o papel, sem pudores nem convenτ⌡es. A sua vida, com toda a imponente carga de tristeza e frustraτπo da sua pr≤pria realidade, fica transcrita tal como Θ. Algo que, atΘ a data, nπo se tinha apresentado no papel impresso Θ a entrada da personalidade, da sinceridade na literatura, na mesma linha de intimidade que traτara Proust.
Mas os Cavalo nπo podem suportar o erro, nπo podem afrontar a derrota e se afundam. Se tΩm a sorte de sair com rapidez do problema, entπo se proporπo uma nova etapa arriscada e se lanτarπo α sua consecuτπo, mas para Virgφnia Woolf, melhor dito, para a jovem Virgφnia Stephen, a vida nπo seria um prazer nem uma simples espera da velhice. A sua juventude e a sua maturidade estavam jß marcadas, desde o inφcio, pela sombra espessa e escura do infort·nio, do desΓnimo.
CAVALOS C╔LEBRES
Samuel Beckett, Rita Hayworth, Virgφnia Woolf, Amado Nervo, Igor Stravinsky, Josephine Baker, John Huston, James Joyce, Antal Dorah, Solzhenitsin, Robert Schuman, Vivaldi, Felipe Gonzßlez, Joπo Rulfo, Frederico Chopin, Cicerone, Aldous Huxley, Lenin, Pasteur, Jaime Balmes, Carlos Magno, Paul McCartney, Isaac Newton, Max Planck...